domingo, 16 de fevereiro de 2014

LISTAS FABULOSAS, DE EVA FURNARI

Minha mais recente aquisição das obras dessa escritora genial que é a Eva Furnari.
Grômio é um menino com um nome esquisito e com uma mania mais esquisita ainda: ele adora elaborar listas. Por isso ele funda o Clube das Listas. Os associados têm nomes mais esquisitos ainda: Nuska, Xulinho, Dr. Ug, Dra. Uga, Moila, Zovo, Lislia, Dárdara, Olfa, Ásmio, Farga e Leuca.
Cada um dos personagens elabora uma lista.
Zovo faz uma lista com "As profissões mais difíceis do mundo":
1. Dentista de jacaré.
2. Babá de onça.
3. Cabeleireiro de leão.
4. Manicure de bruxa.
5. Nutricionista de urubu.
6. Cozinheiro de gigante.
7. Alfaiate de porco-espinho.

Publicado pela editora Moderna. Recomendo!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

DI CAVALCANTI

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 1897 — Rio de Janeiro, 1976)
Foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro.
Os anos 1930 Di Cavalcanti estava imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem e artista e quanto a dogmas partidários. Iniciou suas participações em exposições coletivas e salões nacionais e internacionais, como a International Art Center em Nova Iorque.
Passou a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Foi convidado e participou da I Bienal Internacional de Arte de São Paulo em 1951.
Fez uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos.  Recebeu o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Seus trabalhos fizeram parte de exposição itinerante por países europeus. Recebeu proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pintou as estações para a via-sacra da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, em Brasília.
Ganhou uma sala Especial na Bienal Interamericana do México, recebendo Medalha de Ouro.  Participou da Exposição de Maio, em Paris, com a tela "Tempestade". Em 1971, o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra. Recebeu prêmio da Associação Brasileira dos Críticos de Arte.

Faleceu no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1976.

Tempestade (1962)
Samba (1928)

Arlequins (1943)

Ciganos (1940)

Tempos Modernos (1961)


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ARTE BRASILEIRA 1

José Ferraz de Almeida Júnior
(Itu, 1850  Piracicaba, 1899)

Foi um pintor e desenhista brasileiro da segunda metade do século XIX. É frequentemente aclamado pela historiografia como precursor da abordagem de temática regionalista, introduzindo assuntos até então inéditos na produção acadêmica brasileira: o amplo destaque conferido a personagens simples e anônimos e a fidedignidade com que retratou a cultura caipira, suprimindo a monumentalidade em voga no ensino artístico oficial em favor de um naturalismo.
Foi certamente o pintor que melhor assimilou o legado do Realismo de Gustave Courbet e de Jean-François Millet, articulando-os ao compromisso da ideologia dos salons parisienses e estabelecendo uma ponte entre o verismo intimista e a rigidez formal do academicismo, característica essa que o tornou bastante célebre ainda em vida. De forma semelhante, sua biografia é até hoje objeto de estudo, sendo de especial interesse as histórias e lendas relativas às circunstâncias que levaram ao seu assassinato: Almeida Júnior morreu apunhalado, vítima de um crime passional.
O Dia do Artista Plástico brasileiro é comemorado a 8 de maio, data de nascimento do pintor.

Obras do Artista:

Caipira picando fumo - 1893 - Pinacoteca do Estado de São paulo
Leitura - 1892

O Violeiro - 1899 - Pinacoteca do Estado de São Paulo








UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA, DE ZIRALDO


Depois de estudar na capital, a jovem Cate, 18 anos, volta a sua cidadezinha no interior de Minas Gerais, para dar aulas na escola primária. Entusiasmada, livre e comunicativa, ela conquista os alunos no ato, mas seu comportamento de vanguarda não agrada às professoras conservadoras da década de 40.
As aulas da Professora Maluquinha são uma aventura feliz, uma contínua brincadeira. A cada dia ela traz ideias novas. Toda aula começa com uma frase diferente no quadro e um prêmio para quem a ler mais depressa. Depois, Cate inventa a máquina de ler: uma bobina de papel de embrulho de loja com uma manivela. Ela gira o rolo e as crianças leem os versos que surgem. De outra vez, leva a turma para assistir ao filme Cleópatra no cinema. E assim seus alunos conhecem a História universal, decoram tabuada com música e leem cada vez mais depressa.
Ao mesmo tempo em que descobrem o prazer de aprender, os amigos da escola também têm as primeiras aulas sobre amor, amizade e liberdade. E a professorinha não conquista só os alunos: os rapazes mais bonitos da cidade caem de amores por ela. O professor de Geografia Mário, o romântico Pedro Poeta, o boêmio Carlito e o galã Rodolfo Valentino se revezam nas tentativas de conquistar a moça.
Criada por Tia Cida e sobrinha do Monsenhor Aristides, Cate cresceu junto com o afilhado do tio, Beto, que se tornou padre e volta à cidade depois de ter estudado fora. Padre Beto é quem supervisiona a escola e repreende a moça a cada queixa das outras professoras. Os namoricos de Cate o deixam mordido de ciúme, mas ele não admite. Conta tudo ao Monsenhor, que tem a maior paciência com as maluquices de sua protegida.
No fim do ano, Cate propõe uma revolução: seus alunos não precisam fazer a prova final, porque ela garante que eles aprenderam muito além do que está nos livros didáticos. Mas sua maior ousadia ainda estava por vir, passar por cima de qualquer barreira em nome do amor.

O Livro
Lançado em 1995, o livro Uma Professora Muito Maluquinha é um dos grandes sucessos de Ziraldo. Já vendeu mais de 380 mil exemplares. Foi traduzido para o espanhol e virou série de livros em quadrinhos. O livro conta os revolucionários métodos de ensino de uma jovem professora dos anos 40, que marcaram a vida de seus alunos. Usando ilustrações de revistas como O Cruzeiro, quadrinhos como Reco-Reco, Bolão e Azeitona, cartazes e anúncios, Ziraldo faz também a crônica de uma época, vista pelos olhos das crianças.

Ziraldo Alves Pinto (Caratinga-MG, 24 de outubro de 1932) é um cartunista, chargista, pintor, dramaturgo, caricaturista, escritor, cronista, desenhista, humorista e jornalista brasileiro. É o criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e é, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil.
Seu talento no desenho já se manifestava desde a infância, tendo publicado um desenho no jornal Folha de Minas com apenas 6 anos de idade.
Começou a trabalhar no jornal Folha da Manhã (atual Folha de São Paulo), em 1954, com uma coluna dedicada ao humor. Ganhou notoriedade nacional ao se estabelecer na revista O Cruzeiro em 1957 e posteriormente no Jornal do Brasil, em 1963. Seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mirinho) conquistaram os leitores.
Em 1960, lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, Turma do Pererê, que também foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil. Embora tenha alcançado uma das maiores tiragens da época, Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início do regime militar no Brasil. Nos anos 70, a Editora Abril relançou a revista, desta vez, porém, sem o sucesso inicial.
Em 1969, Ziraldo recebeu o "Nobel" Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prêmio Merghantealler, principal premiação da imprensa livre da América Latina.
Em 1980, lançou o livro O Menino Maluquinho, seu maior sucesso editorial, o qual foi mais tarde adaptado na televisão e no cinema.
Incansável, Ziraldo ainda hoje colabora em diversas publicações, e está sempre envolvido em novas iniciativas.
Ilustrações de Ziraldo já figuraram em publicações internacionais como as revistas Private Eye, da Inglaterra, Plexus, da França e Mad, dos Estados Unidos.